23/01/08

É preciso debater!

Aproveitando o artigo anterior do Pedro Pacheco, é preciso debater! Mas é preciso debater na sua plenitude, com temáticas sérias e realisticas, sobretudo capazes de mobilizar o concelho que tanto queremos que se desenvolva de forma sustentável. É difícil mobilizar nos dias de hoje uma cidade como Gouveia e tão pouco os jovens, que estudam fora e ambicionam outros patamares que a sua cidade natal não lhes proporciona. É preciso inverter esta situação, é preciso fazer acreditar que é possível criarmos raízes profundas de equilibrio de modo a construir um concelho do ponto de vista económico mais rico, socialmente mais justo, de oportunidades para todos. Teremos que sensibilizar esses jovens, oriundos deste concelho para que possam sentir que têm espaço e direito à palavra, que deles depende o futuro do concelho. Mas igual modo é preciso que esses jovens oriundos do concelho também passem a palavra a outros jovens de qualquer ponto do país e mostrar que o interior do nosso país poderá ser a via do desenvolvimento, do equilibrio e da sustentabilidade.

22/01/08

QUAL O PAPEL DAS JUVENTUDES PARTIDÁRIAS?

Este foi o tema de um forum organizado pela Rádio Altitude da Guarda, que contou com a participação de vários jovens, com ligações às diferentes Juventudes Partidárias.
Eu fui um dos participantes e aproveito o facto de a Juventude Socialista de Gouveia colocar ao dispor da população de Gouveia, um meio que permite divulgar informação.
Gostaria de partilhar com todos aqueles que visitam este blogue, a minha ideia sobre o estado e o verdadeiro papel que as Juventudes Partidárias, em particular a Juventude Socialista, têm ou podem ter, na nossa sociedade.

As Juventudes Partidárias estão hoje desacreditadas devidos aos erros cometidos ao longo de 34 anos de Democracia.
Erros mais por culpa alheia do que própria, mas erros efectivos que marcam a sua actividade.
Na 1ª fase do pós 25 de Abril, as Juventudes Partidárias foram verdadeiras escolas de formação cívica e de aprendizagem democrática e foram o colorido e a alegria das campanhas eleitorais.
Veio depois a fase do carreirismo político em que ser líder ou dirigente nacional era o que interessava como trampolim para vir a ser deputado ou entrar para gabinetes ministeriais durante os anos 80 e 90, sendo claramente a JSD a grande responsável durante os governos do Professor Cavaco Silva.
Foi esta atitude que marcou tão negativamente as juventudes partidárias, que afastou e ainda afasta muitos jovens, porque ser de uma jota qualquer passou a ser sinónimo de um tacho partidário.
Hoje, eu e muitos outros, estamos aqui para retomar o rumo de um certo idealismo.
Eu estou na JS para aprender a ser melhor cidadão, para aprender a viver melhor em Democracia, para lutar por políticas de Juventude que dêem um futuro com dignidade e esperança à minha geração.
Quero que a minha Juventude, a JS, seja uma verdadeira escola de cidadãos, uma casa onde se debatem ideias e partilham experiências.
Repudio todas as tentativas de nos transformarem nos totós que só servem para gritar slogans em comícios ou colar cartazes nas campanhas.
Sabem, eu tenho uma ambição para a JS, que é torna-la desejada pelos meus colegas, amigos e conterrâneos.
Desejada porque ali aprende-se, ali formamo-nos como homens e mulheres da liberdade e da defesa dos direitos humanos, como escola cívica.
Eu sei também que não é fácil porque a politica esta desacreditada e os políticos não são levados a sério, mas nós os jovens, temos de resistir à descrença e lutar para mudar as coisas.
Os distritos pequenos, que são aqueles onde há mais dificuldade de recrutamento de jovens para a actividade partidária, porque somos poucos e muitos ainda estudamos ou trabalhamos fora das nossas terras, podemos aproveitar o facto de todos nos conhecermos desde a primária ou secundário para iniciarmos uma viragem nessa mentalidade contra as juventudes partidárias.
Na JS da Guarda estamos a procurar fazer isso, dar a volta por cima, credibilizar a militância, ser útil ao partido, não por seguidismo, mas porque em 1º lugar, procuramos ser úteis aos jovens e mostramos interesse pelos problemas das nossas comunidades, dos nossos concelhos e do nosso Distrito.