09/06/09

Eleições europeias, sinal de mudança?


Pois é, dizem que o PSD ganhou as eleições europeias, e que este foi um cartão amarelho, avermelhado, ao governo, que agora sim irão existir mudanças verdadeiras, que irão ter reflexo imediato nas Autárquicas e finalmente nas Legislativas.
Cá estarei à espera, eu mais 10.529.255 pessoas (estimativa INE a 31 de Dezembro de 2004).
Estou curioso para ver o que se vai passar nestes próximos 3 meses, é óbvio que o Sócrates vai ter que repensar a política que está a querer levar avante.
Mas também não nos esqueçamos que quem ganhou as eleições europeias foi o Paulo Rangel e não a Manuela Ferreira Leite.
Não nos devemos esquecer que esta senhora foi uma péssima Ministra da Educação, em 1993-1995 e pior ainda como Ministra de Estado e das Finanças de 2002 a 2004.
Sou socialista, e não quer dizer que seja Socrista. É com muita pena que lamento que em Portugal não exista uma oposição forte, pois seria muito mais útil ao país.
É uma vergonha e muito mau para Portugal que se verifique esta situação, faz melhor oposição o PCP ou o BE, do que o maior partido da oposição.
A verdade é que acredito que este governo tenha que continuar, por mais 4 anos, pois se assim não suceder Portugal vai sofrer consequências ainda mais graves.
Os impostos irão subir, e a despesa pública não será contida.
Os salários serão congelados e a democracia suspensa por 6 meses.
Mal ou bem pelo menos assistimos a um governo com uma liderança forte e com um rumo definido.
Mas é óbvio que tem que existir uma oposição forte, e o Estado tem de ter uma política, não populista mas social. Os portugueses das classes médias-baixas precisam de ajuda e o Estado tem de assumir esse papel de ajuda.
Os empregos têm de aumentar, mas para isso é preciso que haja mais investimento público, que pode passar pelo novo aeroporto, pelo TGV, não nos esqueçamos que acima de tudo estes projecto vão trazer mais empregos, não só na execução dos projectos como na atracção de novos investimentos para Portugal, melhorando as nossas capacidades infra-estruturais.
A acompanhar este investimento deve existir uma aposta maior em sectores como o Turismo, não só no Algarve e nos Açores, como no resto do país, em especial nas zonas mais desfavorecidas como sejam o interior e o norte do país.
Mais ainda, o próximo governo tem de apostar mais nos jovens, com políticas de incentivo aos jovens como seja a redução da tributação para os primeiros 5 anos de trabalho, incentivos à aquisição de casa própria a baixo crédito, como seja a obrigatoriedade de que todos os estágios curriculares sejam pagos, apoios e incentivos aos jovens que pretendam ficar a trabalhar e viver no interior do país, apoios mais eficazes à criação do primeiro emprego, enfim um sem número de medidas que irão fazer com que Portugal cresça de forma sutentável e equilibrada.
Não nos devemos esquecer também dos inúmeros desempregados que existem no nosso país, que porque têm mais de 40 anos, não lhes é dada a reforma antecipada porque são novos, embora muitos tenham trabalhado e descontado durante 25 anos ou mais, e não lhes é dado trabalho porque são velhos. Daí que defenda que devam ser criadas medidas de apoio à empregabilidade dessas pessoas, o Estado através do IEFP, por exemplo, com a atribuição de um apoio que poderia passar pelo pagamento de metade do salário mínimo. Já seria em muitos casos uma grande ajuda.
Enfim, esperemos que as coisas mudem neste país à beira mar plantado.
É esse o desejo de um futuro jovem (des)empregado.